Como imprimir um olhar para a produção de conteúdos e narrativas de marketing considerando apenas a conexão com o comprador da sua marca, e não com o seu ego.
Eis o maior desafio de qualquer profissional de marketing: escrever com cabeça de quem compra, e não com a cabeça de quem vende.
Certamente a sua empresa conhece muito bem todos os seus atributos. Talvez alguns deles até estejam estampados nas paredes do escritório e no wallpaper do computador.
Atributo é aquilo que a sua empresa tem para oferecer ao mercado. E que pode diferencia-la dos concorrentes.
Mas não é porque um atributo diferencia a sua marca que ele vá se conectar com o seu potencial consumidor no momento da compra.
E é aqui que começa o desafio de entender se aquilo o que a empresa diz que é tem poder de conexão e persuasão.
Ok, mas como descobrir isso?
Não quero jogar toalha nos grandes atributos da sua empresa. Também não quero que você saia por aí dizendo que eles não ajudam a vender. Na verdade, certamente eles serão sempre os seus grandes vendedores.
O ponto é: em quais momentos da jornada de compra eles devem ser usados?
Ou ainda, devem ser usados?
Para esboçar a sua resposta, compreender qual é o nível de consciência do mercado em relação ao problema que sua empresa resolve é fundamental.
Suponha que você seja uma startup early stage. Pode ser que o seu futuro consumidor nem tenha consciência que tem uma dor a ser sanada. E se ele ainda não sabe disso, o seu grande atributo não faz a menor diferença na vida dele, concorda?
Ou seja: é preciso um olhar muito atento para a jornada de compra do seu cliente para responder a esta pergunta.
Talvez você precise entender que, em cada fase dessa jornada, deva adotar uma abordagem específica, com os gatilhos mentais adequados e atributos de marca que façam sentido em cada momento de maneira particular.
O atributo que se usa para gerar tráfego talvez não seja o mesmo para fechar a venda. Ou pode ser que seja e seu time de branding ficará muito feliz.
Por isso, como sempre, a dica de ouro é: testar abordagens! É assim que você terá certeza que o atributo de marca que você usa na sua comunicação tem ressonância com o seu público nos momentos certos, e não com o seu ego de vendedor apaixonado pela empresa.
Mas talvez, antes disso, o primeiro passo seja realmente assumir que, para fazer um texto de vendas, não basta “sentar e escrever”. E que, sim, precisa-se de um pouco mais de profundidade e entendimento sobre como se comporta o seu consumidor.